A adolescente Kethlyn Vitoria de Souza, de 15 anos, morreu com um disparo de arma de fogo na cabeça, no último sábado (3). O médico Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, de 29 anos, que era namorado da vítima, é investigado como responsável pelo crime. A defesa alega que o tiro foi acidental.
Nesta reportagem, o g1 reuniu tudo sobre o que já se sabe e o que ainda falta esclarecer sobre a morte da adolescente.
Quem era a vítima?
A vítima foi identificada como Kethlyn Vitoria de Souza, de 15 anos. Segundo a Polícia Civil, ela morava com o namorado, no município de Guarantã do Norte, a 721 km de Cuiabá.
O corpo de Kethlyn foi sepultado nesta segunda-feira, no cemitério municipal, às 14h.
Quem é o suspeito?
Bruno Felisberto, de 29 anos, se formou em medicina no ano de 2020, pela Universidad Cristiana de Bolívia, em Santa Cruz De La Sierra, na Bolívia.
Ele se entregou à polícia na tarde dessa segunda-feira (5) e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. À TV Centro América, o advogado de defesa, Fábio Henrique, alegou que o disparo foi acidental e que Bruno havia ingerido bebida alcoólica no momento do crime.
Segundo a polícia, Bruno não tinha porte de armas.
Brincadeira em carro
Em depoimento à polícia, Bruno disse que ele e a namorada estavam voltando para casa após saírem para se divertir e que ambos estavam bêbados. Segundo ele, Kethlyn teria sentado no colo dele, no banco do motorista, e assumido a direção do veículo. Em seguida, ele teria pego a arma para "brincar" e, acidentalmente, disparou, atingindo a namorada na cabeça. A versão é investigada pela Polícia Civil.
Um vídeo publicado nas redes sociais dias antes do homicídio mostra o médico brincando com uma arma de fogo ao lado de Kethlyn.
Primeiros socorros
A Polícia Militar informou que a jovem foi levada até uma unidade de saúde do município pelo namorado, que, segundo testemunhas, aparentava estar muito abalado.
Kethlyn foi atendida por uma equipe médica que tentou reanimá-la por cerca de 40 minutos, mas ela morreu no hospital.
Ainda conforme testemunhas, ao constatar a morte da adolescente, Bruno ficou nervoso e tentou danificar alguns móveis do hospital, como janelas e portas.
Como está a investigação?
Em depoimento à polícia, Bruno disse que no dia do ocorrido, Kethlyn sentou no colo dele para dirigir o carro em que os dois estavam e que, neste momento, ele estava com arma na mão.
Ele relatou que tentou efetuar um disparo para fora no veículo, mas sem sucesso. Ao tentar verificar o que tinha dado errado, ocorreu o disparo acidental, que atingiu a cabeça de Kethlyn.
O caso agora é investigado como homicídio.
O que falta esclarecer
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Waner dos Santos Neves, ainda falta esclarecer a dinâmica do crime.
O relacionamento de Bruno e Kethlyn também será investigado. Caso a relação tenha iniciado enquanto a vítima tivesse menos de 14 anos, se enquadra como estupro de vulnerável. A vítima completou 15 anos no último dia 31 de março.
Além disso, a polícia investiga um vídeo em que o suspeito aparece com a vítima, dentro de um carro, portando um revólver. A origem da arma utilizada por Bruno também será investigada.
Comentários: