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Empresa avalia outro traçado da ferrovia de Rondonópolis até Lucas para resolver impasse

Deputados estaduais e representantes da empresa Rumo Logística se reuniram, como objetivo de solucionar o impasse e garantir a continuidade da ferrovi

Empresa avalia outro traçado da ferrovia de Rondonópolis até Lucas para resolver impasse
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Deputados estaduais e representantes da empresa Rumo Logística se reuniram, na Assembleia, como objetivo de solucionar o impasse e garantir a continuidade da ferrovia estadual Vicente Vuolo, ligando Rondonópolis a Cuiabá, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde. O impasse está na mudança do traçado em Rondonópolis, onde as obras estão sendo feitas, porque impacta diretamente em 7 bairros. Os deputados sugeriram visita técnica e reunião com técnicos da prefeitura, secretarias de Meio Ambiente envolvidas e da empresa que também se comprometeu a analisar a proposta alternativa de traçado, desenvolvida pela prefeitura. O caso parou na justiça após a Assembleia aprovar a suspensão da licença das obras havia mas o Estado recorreu e a medida foi derrubada. Porém, alguns deputados, moradores dos bairros se opõem a mudança feita no traçado.

No original, os trilhos da ferrovia ficariam a aproximadamente 30 km da cidade. No entanto, a Rumo alterou o traçado e o submeteu a apreciação da Sema, que concedeu a licença para instalação dos trilhos, com impacto direto para os bairros Vila Operária, Jardim Maria Amélia, Pedra 90, Rosa Bororo, Parque Universitário e Vila Olinda. De acordo com Guilherme Perin, um dos representantes da Rumo, mudanças em projetos desse tipo são comuns e devem continuar acontecendo até o fim do processo.  “Ao longo da obra, várias empreiteiras são contratadas, por períodos determinados. Cada uma que chega, naturalmente, apresenta sugestões para a melhor gestão e andamento dos trabalhos”, explicou Perin. Ele explicou que o projeto original previa a construção de uma ponte de 2.2 mil metros, o que demandaria mais tempo e recursos para conclusão da obra. No novo traçado, a ponte prevista é de 400 metros e, além disso, haveria redução de 25% no desmatamento provocado pelo empreendimento.

O subprocurador geral administrativo da Assembleia Legislativa,Bruno Cardoso, resumiu “que ficou claro é que todos querem que essa obra aconteça, ela tem potencial para alavancar ainda mais a economia do Estado mas não do jeito como está, através de uma opressão de capital provocar uma tragédia social para moradores de seis bairros, centenas de famílias. O que se deseja é que o traçado volte ao original ou que seja adotado um novo caminho, de forma que ele se afaste desses bairros quando chegar à cidade”, explicou Segundo ele, o Legislativo seguirá a sugestão da desembargadora (do Tribunal de Justiça) e fará proposta para ser feita audiência de conciliação. 

Ele afirmou que a procuradoria da Assembleia tenta reverter a decisão a partir de recurso apresentado e busca suspender o andamento da obra alegando falta de autorização legislativa para desapropriação de áreas, o não cumprimento das resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) que exigem certidão de uso e ocupação do solo emitida pelo município, realização de audiências públicas para ouvir a população e manifestação do órgão ambiental municipal sobre os procedimentos.

O procurador-geral de Rondonópolis, Rafael Santos Oliveira, representou o prefeito Zé Carlos do Pátio e reforçou que “a nossa proposta não inviabiliza economicamente o empreendimento e ainda tira a ferrovia do limite urbano até porque a nossa Lei de Uso e Ocupação do Solo não permite a edificação de ferrovias dentro da cidade, como ocorrerá no projeto defendido pela Rumo, em que os trilhos passam a quarenta metros de um bairro”.

A previsão é dos trilhos da ferrovia chegarem a Lucas do Rio Verde em 2028. O investimento previsto é de R$ 12 bilhões.

FONTE/CRÉDITOS: SÓ NOTÍCIAS
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